Ao nos referirmos ao corpo físico, que é o veículo do espírito, a encarnação não tem limites traçados.
A materialidade do envoltório diminui conforme a purificação do Espírito. Em mundos mais avançados do que a Terra, ele é menos denso e menos grosseiro, assim menos sujeito às influências materiais. Em graus mais elevados ele é transparente e quase fluídico, e vai se desmaterializando, confundindo-se com o perispírito. O próprio perispírito sofre transformações sucessivas de acordo com o mundo em que reencarna.
Quanto mais evoluído o Espírito, maior é a sua liberdade para transportar-se por todas as partes onde são confiadas suas missões.
A encarnação do ponto de vista material, como a nossa aqui na terra, podemos dizer que está limitada aos mundos inferiores. Depende de cada Espírito a libertação mais ou menos rápida do corpo físico.
Na erraticidade, que é o intervalo entre as existências corporais, o Espírito continua com as tendências do mundo ao qual está ligado. Deste modo, no mundo espiritual seremos mais ou menos felizes, livres e esclarecidos, conforme estejamos mais ou menos desmaterializados.
(Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo 4, item 24)