Qualquer moléstia que atinge o corpo físico, da mais simples a mais complexa, tem causas que a justificam, pois nada acontece como produto do acaso, nem como castigo ou esquecimento de Deus.
Por ser soberanamente justo, Deus não permite dificuldade, dor ou problema onde não se faça necessário, como terapêutica curadora das mazelas relativa às imperfeições do Espírito, o ser imortal.
A humanidade, ainda não compreensiva à Lei Divina do Amor como único caminho para a plenitude do Ser, abusa, consciente ou inconscientemente, de diversos artifícios danosos para si como formas equivocadas de escapar à Legislação Maior.
Os males produzidos não se resumem aos resultados dos exageros da alimentação, do álcool, dos alucinógenos, mas também aos da fixação mental negativa, dos sentimentos de ódio, vingança, ressentimentos, desânimo, atitudes e pensamentos que refletem indivíduos em desamor com Deus, consigo e com o próximo.
Se não encontrada uma causa nesta reencarnação que justifique a patologia de hoje, o motivo determinante certamente está nos procedimentos equivocados do indivíduo em reencarnações anteriores. Como explicar o nascimento de crianças com doenças congênitas sem utilizar desse raciocínio?
Na Justiça Divina, nenhuma transgressão praticada frente às Leis Naturais fica encoberta e sem reajuste por muito tempo. Quando ocorre uma agressão, contra si mesmo ou outrem, quebra-se a harmonia, que é o estado natural da Criação. O rompimento dessa harmonia responsabiliza o indivíduo, que adquire débitos que deverão ser resgatados, retomando as alamedas da sua própria evolução.
O perispírito, corpo intermediário entre a matéria e o Espírito, impregna-se dos efeitos deletérios das atitudes negativas. A doença, então, surge como terapia de cura, sendo oportunidade de reequilíbrio para o indivíduo imperfeito.
Quando essa rearmonização não é possível na mesma encarnação, ela ocorre nas futuras, normalmente com o consentimento ou a pedido do próprio Espírito, quando ele já está mais preparado para o enfrentamento.
O esquecimento do passado vem como benesse para não conflitar ainda mais a existência com recordações dolorosas e vergonhosas, dificultando o seu resgate e reequilíbrio.
Ao enfrentar a doença como mecanismo de cura, deve-se priorizar a renovação moral, a harmonização dos pensamentos e a busca de uma vida saudável do ponto de vista físico e mental, com resignação e sem revolta, entendendo que Deus proporciona o tratamento através da medicina humana e através dos recursos espirituais disponíveis (prece, meditação, passes, água magnetizada, etc).
Porém, nem sempre a doença objetiva resgates. Algumas vezes, ela serve como forma de aceleração da evolução ou como impedimento para o cometimento de novos equívocos.
Ao olhar para além do horizonte da vida terrena, ver-se-á que a verdadeira cura, a que todos devem buscar, é a cura da alma!
“Doença prolongada é tratamento de beleza para o Espírito.” Richard Simonetti
Luis Roberto Scholl