Espíritos em evolução, todos buscamos superar as nossas dificuldades. Para isso não medimos esforços, pois, desejamos sempre o melhor para nós. Queremos a melhor roupa, a melhor casa, o melhor emprego, a melhor família, etc. Tudo isso para encontrarmos a “tal felicidade”. Não é errado buscarmos o melhor, apenas precisamos de equilíbrio para buscar o que está ao nosso alcance, aquilo que está de acordo com as nossas capacidades e com o nosso merecimento.
Quando falamos em merecimento logo vem aquela sensação equivocada de castigo; mas o merecimento não vem da vontade Divina, e sim, da nossa vontade, do nosso esforço e da nossa humildade em admitirmos nossos limites. Enquanto não tivermos consciência das nossas limitações, não conseguiremos superá-las, lembrando o conselho “conhece-te a ti mesmo”.
A idéia que possuímos de felicidade é a ausência de preocupações: só assim nos sentimos alegres. Do contrário, nosso mau humor é, ainda, amplamente justificado com uma lista enorme de dificuldades que apresentamos, como se fosse possível justificá-lo. Jesus nos disse “na vida tereis atribulações” e também “ajuda-te que o céu te ajudará”, para que não nos acomodemos diante do sofrimento, pois ninguém está livre dele.
A felicidade existe e está dentro de cada um, só que às vezes não temos “olhos de ver”, porque a procuramos no outro, nos bens materiais e de outras formas equivocadas. Precisamos de conforto material e da convivência fraterna com nosso semelhante, mas precisamos amar a nós mesmos e a tudo que nos foi concedido nesta encarnação. Não devemos procurar a alegria nos grandes feitos, mas abrir os olhos para vê-la nas pequenas coisas.
É importante que valorizemos cada minuto, sem estarmos necessariamente em movimento, pois um minuto de reflexão e de vibrações no bem, vale muito mais do que horas de tarefas executadas sem amor. Auxiliemos sempre o nosso próximo, não esquecendo, no entanto, de nos ajudarmos, seguindo o que disse Jesus: “amai o vosso próximo como a vós mesmos”.
Não esperemos que os outros resolvam os nossos problemas e façam por nós, mas busquemos fazer a nossa parte, pois ela cabe apenas a nós. Temos sempre duas opções: acomodarmos e permanecermos como pedintes ou despertarmos para assumirmos a responsabilidade perante nós mesmos, como espíritos encarnados que aqui estamos para evoluir.
Sejamos merecedores desta oportunidade, não percamos tempo com lamentações, busquemos ser otimistas ativos, construindo nossa felicidade com os tijolos do amor, o cimento da esperança e a pintura da humildade.
Liliane Formenton