A descrença na sobrevivência da alma é a maior fonte de desespero e desequilíbrio para quem ainda ficou na matéria. Mesmo crendo vagamente na existência da vida após a morte, as dúvidas contribuem para o agravamento da dor da separação.
Costuma-se dizer: “- Mas ninguém voltou de lá para confirmar se existe vida depois da vida!” Ora, existem inúmeras provas da continuidade das existências, para quem realmente deseja ver, através da mediunidade de abnegados e idôneos médiuns: Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco, Raul Teixeira, só para citar os mais conhecidos e contemporâneos; a Terapia de Vivências Passadas (TVP) está aí para dar o atestado científico. A partir das informações recebidas através da mediunidade e da TVP, foram feitas pesquisas aprofundadas sobre dados, locais, nomes surgidos nas sessões mediúnicas e nas terapêuticas comprovando-se a realidade dos fatos, especialmente quando o médium ou o paciente não teve acesso prévio às informações fornecidas.
A certeza de que todos continuam vivos conforta e atenua a dor pois, sabendo ser a morte somente a mudança do estado físico para o espiritual pleno, confiamos que um dia nos reencontraremos com o ente querido.
Ante os que partiram, é oportuno saber:
1) Devemos aceitar resignadamente a separação. Ela não é definitiva, nem absoluta;
2) Com exceção do suicida e do negligente, ninguém parte antes da hora. Se o desenlace acontece na infância ou na juventude, este era o tempo necessário para este espírito nesta encarnação;
3) Na espiritualidade, os nossos amados rogam pelas boas lembranças, recordações de amor e carinho, jamais pelo desespero. A dor incontrolável, a angústia desmedida, a falta de fé e confiança podem abalar quem necessita de conforto na nova morada na espiritualidade;
4) As visitas periódicas ao cemitério poderão, ao invés de ajudar, perturbar o desencarnado. Lá se encontra somente o corpo material em estágio de decomposição; o espírito vive liberto na dimensão espiritual. As lembranças constantes das circunstâncias da morte poderão lhe trazer desequilíbrio e tristeza desnecessários;
5) Os valores gastos com velas, flores, coroas não beneficiam o espírito. Poderão ser mais bem utilizados suavizando as dificuldades alheias, fazendo a caridade em seu nome. É a lembrança que lhe é agradável;
6) Não deve haver apego a objetos de uso pessoal. Doar roupas, calçados e pertences a quem necessita é como uma prece em benefício do desencarnado;
7) A prece é a melhor maneira de ajudá-lo. Não é necessário estar em local específico, nem de aparatos ou rituais especiais. Com a oração pura e simples, feita com o coração, estabelece-se uma corrente fluídica de auxilio e conforto tanto para quem fica como para quem parte, encorajando-se mutuamente no enfrentamento desta nova situação.
A morte do corpo é o único fato certo para quem está reencarnado. Encará-la com naturalidade e serenidade será benéfico para todos. A saudade é natural e dolorosa, mas não deverá se transformar em fator de desequilíbrio. A confiança em Deus, na sua infinita bondade e justiça, dá-nos a certeza de que nada acontece por acaso e tudo ocorre com a Sua permissão.
“Mães, sabei que vossos filhos bem-amados estão perto de vós; sim, estão muito perto; seus corpos fluídicos vos envolvem, seus pensamentos vos protegem e a lembrança que deles guardais os enche de alegria(…)”. Sanson, em o Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, item 21, cap.5
Luis Roberto Scholl