Embora a maioria dos espíritas saiba que os pontos fundamentais da Doutrina Espírita foram ditados pelos Espíritos, muitos se esquecem que para avançar na escala evolutiva além do conhecimento doutrinário é necessária a melhora moral. Por isso é que se diz que para sermos “anjos” (Espíritos puros) são necessárias duas asas: a do conhecimento e da moralidade.
O conhecimento intelectual da Doutrina Espírita é importante, visto que entendendo melhor as leis naturais, bem como as próprias imperfeições, será mais fácil compreender a atual situação evolutiva e superar suas mazelas. Desse modo, através do conhecimento de sua natureza, o egoísta, sabendo quais as atitudes e pensamentos que o tornam imperfeito, tem as ferramentas para mudar de conduta. Também através do entendimento da reencarnação e da lei de causa e efeito, terá a base para servir com alegria, fazendo da passagem terrena uma escola, com valiosos aprendizados.
A natureza do ser humano, enquanto imperfeito, é composta de virtudes e vícios. Servir ao Cristo, trabalhando com abnegação e alegria, é parte da evolução do verdadeiro cristão. Entendendo o conhecimento doutrinário como oportunidade de esclarecimento intelectual, estudando o Espiritismo para viver seus postulados e compreendendo que o salto evolutivo ocorre quando se muda as atitudes, valorizando a integridade, a ética e o bem. A sabedoria intelectual encontra sua finalidade na evolução moral do ser, afinal, é preciso compreender os motivos que embasam a mudança de comportamento, os motivos que levam alguém a entender que ser bom é uma atitude inteligente.
As obras básicas da Codificação são roteiro certo para a compreensão da mensagem do Mestre, mas a decisão de vivenciar os ensinamentos do Cristo é decisão pessoal, como o professor que leva o aluno até a margem do rio e lhe mostra a água, mas a decisão de quando e como beber é sempre do aluno.