Tudo na vida, que é feito metodicamente, pode se tornar rotineiro ou enfadonho.
O namoro, após a fase da paixão inicial, cai na rotina, levando o casal a tomar uma decisão: vai adiante, direcionando para o casamento ou a dissolução do envolvimento romântico. No casamento também há períodos de reavaliações e revigoramentos para não cair na monotonia.
Assim também acontece na profissão, nos relacionamentos sociais, nas amizades… Mas, se na base da relação está o coração, é imensamente mais fácil superar as fases de apatia ou estagnação.
Quando se conhece a Doutrina Espírita e sente-se a necessidade de auto-renovação, através da prática do bem, é comum, após o entusiasmo inicial, sentir-se enfastiado, cansado, questionando-se como agir. Joanna de Ângelis1esclarece: “O cansaço que decorre da ação no bem, não tem legitimidade, exceto quando a realização obedece a interesse de alto egotismo, particularmente objetivando a projeção da auto-imagem ou a busca de interesses pessoais. (…) O bem que se faz não pode fazer mal àquele que pratica. Seria um terrível paradoxo, sem qualquer justificativa racional.”
A prática do bem é um desafio que exige esforço, tenacidade. Ela, por si só, não remove as dificuldades, mas fortalece o trabalhador nos seus enfrentamentos.
Quando se decide empenhar-se no bem, é necessário fazê-lo com o coração, desviando de interesses menores, banhando-se com FÉ(fidelidade) e ENTUSIASMO(cheio de sopro divino) para chegar ao fim da jornada convicto de que se fez o que era possível.
Ao se cair na rotina ou no cansaço, é importante o reforço na oração, na permuta de tarefas, buscando a satisfação do bom servidor e nunca desistindo, pois o tempo de agir é agora.
1FRANCO, Divaldo. Pelo espírito Joanna de Ângelis. Senda Luminosas. Votuporanga, SP: Didier, 1998.