“No transcurso da exposição doutrinária, grande amparo é prestado ao público. Equipes especializadas atendem aos que apresentam condições espirituais/mentais favoráveis, receptivas, medicando-os e, até mesmo, realizando cirurgias espirituais. 1”
A atividade mais conhecida de uma Casa Espírita é a reunião pública, também conhecida como exposição doutrinária ou palestra pública, que é a porta de entrada para se conhecer a Doutrina Espírita.
Para cada reunião pública o local físico (o Centro Espírita) é preparado pela espiritualidade que auxilia nos trabalhos realizados por aquele núcleo espírita, a fim de propiciar e manter uma psicosfera salutar para encarnados e desencarnados. Isso evita que pessoas portadoras de mediunidade em desequilíbrio, ou em fase inicial, sejam utilizadas por Espíritos desarmonizados para desestruturar o ambiente e o trabalho doutrinário.
Assim, Espíritos especializados magnetizam o ambiente (a sala) onde se realizará a exposição doutrinária, instalando defesas magnéticas que impedem a entrada de Espíritos ainda sem condições de serem auxiliados e que poderiam desequilibrar as energias espirituais do ambiente.
Muitos desses Espíritos que são impedidos de entrar no Centro Espírita são companhias espirituais dos encarnados, conduzidos até lá por sintonia. Porém, não ficam eles sem o benefício do esclarecimento e consolo espírita, já que equipamentos espirituais são instalados especialmente para que esses irmãos possam ouvir e acompanhar a exposição doutrinária do lado de fora do Centro Espírita, evitando assim possíveis agressões e assédios dessas entidades em desequilíbrio.
Porém, para que ocorra o benefício esperado para encarnados e desencarnados, além do merecimento individual, da fé e da transformação dos comportamentos que ocasionam desequilíbrio, são importantes o recolhimento interior e a prece, que criam condições para a atuação dos benfeitores espirituais. Os espíritas, já conscientes do que ocorre na dimensão Espiritual da Casa Espírita durante os trabalhos, devem colaborar para a harmonia do lugar através de pensamentos, palavras edificantes e do silêncio salutar.
1SCHUBERT, Suely Caldas. Dimensões Espirituais do Centro Espírita. Rio de Janeiro: FEB, 2007. p. 44.