A sociedade vem enfrentando nos dias atuais um verdadeiro conflito de valores. De um lado está a liberdade total do ser, onde o princípio é não se importar com nada que não seja consigo mesmo; por outro lado temos indivíduos afastados de sua própria essência, porque decidem seguir modas passageiras, cultuadas por uma maioria de caráter duvidoso. Acabam por desconhecer suas próprias preferências, pois apenas seguem o que está em alta, seja na maneira de vestir, no gosto musical, na maneira de agir…
Muitos, por fraqueza de opinião, insegurança ou para serem “aceitos” no grupo social, “entram na onda”, e agem conforme a moda: palavreado de mau-gosto, músicas vulgares, leituras fúteis, programas de televisão e filmes violentos ou imorais, hábitos e vícios destrutivos, desrespeito ao próprio corpo e sentimentos.
Tudo isso é aceito naturalmente pela maioria das pessoas, e mesmo incentivado e aplaudido. Não percebem que a conivência alimenta cada vez mais a degradação dos costumes. Precisamos ouvir com razão e bom senso o que chega até nós, respeitando a nós e aos que conosco convivem.
Sofrem com isso principalmente a criança e o jovem. Em famílias desestruturadas, não recebem base necessária para escolherem com discernimento e segurança o que melhor lhes convém. Para tanto, é indispensável uma boa formação moral, trabalhada no exemplo dos pais. Os pais, por sua vez, serão bons exemplos enquanto pautarem suas atitudes pelos ensinamentos de Jesus.
Quando o jovem trabalha o seu aperfeiçoamento moral desde cedo, compreende que o que está na moda nem sempre é o melhor para ele. Em uma sociedade ainda materialista e com diversos apelos à sensualidade, o “diferente” (aquele que não se deixa levar pela opinião dos outros ) choca e causa estranheza.
Para que o nosso planeta possa realmente passar de mundo de provas e expiações para mundo de regeneração, é fundamental existirem pessoas “diferentes”.Nenhuma transformação é possível sem pessoas dispostas a mudarem o rumo de suas próprias vidas, que saibam valorizar tudo quanto entra em sua casa mental, tendo, assim, uma vida mais equilibrada e de acordo com as leis divinas; além de influenciarem de maneira salutar a sociedade em que vivem.
O jovem tem papel decisivo na transformação de nosso planeta. É necessário que ele se identifique como um ser único, encarnado para progredir e com potenciais a serem desenvolvidos. O indivíduo que aprende a se amar, não no sentido egoísta, mas como ser pensante e com capacidade de discernimento, saberá escolher melhor o que lhe convém, tornando-se uma pessoa mais segura e capaz de amar e compreender o seu semelhante.