A bondade apenas não basta para a recuperação dos gravames espirituais, sendo exigíveis a transformação moral, a submissão aos desígnios de Deus, a paciência ante as ocorrências infelizes, a coragem para prosseguir sem arrastar as cadeias do ódio, do ressentimento, da amargura que prendem o ser na retaguarda de onde procede… Eis por que o amor, nas suas mais complexas expressões, é fundamental na vida de todos os homens e mulheres, pelo poder que possui de libertar e inspirar confiança no futuro, aproximando-os de Deus.
Nunca devemos ser infelizes pelo que não temos, antes cabe-nos regozijar-nos com aquilo que possuímos. A felicidade que se detém no limite do que se gostaria de possuir é somente ambição de coisas que em nada suavizam a aridez do sentimento. Quando sabemos agradecer as fortunas que nos enriquecem e sobram ao nosso lado, a felicidade faz morada em nossos sentimentos, sabendo aguardar a complementação desejada pelos nossos anseios. Assim, é método de sabedoria para o crescimento infinito, nunca lamentar o que não se tem, louvando-se a vida pelo de que se dispõe.
FRANCO, Divaldo. Quedas e Ascensão. Pelo Espírito Victor Hugo. Salvador, BA: LEAL, 2003. p. 199 e 303.