André Luiz, no Livro Nosso Lar, psicografado por Chico Xavier, Editora FEB, quando de seu desencarne, foi tratado como suicida; permaneceu oito anos no umbral devido ao mau uso que fez de seu corpo físico. Ele foi o que podemos chamar de suicida indireto: não freou sua vida de maneira drástica, repentina, como quem se dá um tiro ou se atira na frente de um automóvel; porém, considerado suicida porque cometeu excessos físicos, como o álcool e a má alimentação, diminuindo o tempo de “vida útil” de seu corpo material, antecipando sua morte física, menosprezando assim, a encarnação que lhe foi oportunizada.
Há muitas atitudes que, em conjunto ou isoladas, podem levar ao esgotamento físico e mental, abreviando uma encarnação: bebidas alcoólicas, excessos alimentares ou má-alimentação, stress, sedentarismo, pensamentos negativos. Também os vícios destroem a saúde e aí podemos incluir os viciados em trabalho, em sexo, em cigarro, em drogas ilícitas, em falar da vida alheia, em ócio, entre outros. Além disso, o corpo físico e espiritual é lesado pela raiva, desespero, depressão, ansiedade e nervosismo constantes.
Nenhum tipo de excesso é saudável, mesmo o excesso direcionado à vida espiritual – aquela pessoa que vive para a contemplação, por exemplo. Como espíritos encarnados, o trabalho, a família, os amigos, os bens materiais, o lazer fazem parte de nossa vida, mas sempre sem exageros, apegos ou hábitos enfermos. Uma vida equilibrada, material e espiritualmente, é parte da evolução que nos propomos ao encarnarmos.
Fazer uma análise diária das próprias atitudes é de grande utilidade para quem deseja mudar hábitos equivocados. Praticar a solidariedade em pequenos gestos, conviver fraternalmente, perdoar, respeitar os irmãos de caminhada, ler livros edificantes, bem como uma reforma íntima consciente facilitam o bom senso e o equilíbrio.
A busca da saúde física e emocional é importante, a fim de não abreviarmos essa encarnação, que é oportunidade valiosa de aprendizado. Conscientes disso, cabe a cada um fazer uma análise de si mesmo (e não dos outros – do vizinho, do colega, do irmão) para mudar, sem demora, atitudes e pensamentos, conquistando uma vida serena e saudável, onde a prece, o amor, a caridade, a fé em Deus e os valores cristãos sejam os norteadores dessa existência.