Os veículos de comunicação de massa (rádio, televisão, jornal, revista, Internet) têm grande importância para a sociedade, sendo fontes de esclarecimento, formando opiniões e, muitas vezes, ditando comportamentos. Em harmonia com o bem comum, a mídia pode oferecer lazer sadio e ser fonte de desenvolvimento individual e social, informando, fazendo pensar, esclarecendo e plantando valores éticos e morais. Assim, a tão pretendida “liberdade de imprensa” deve ser sinônimo de ética e responsabilidade social.
Porém, inúmeras vezes, os meios de comunicação são manipulados por grupos econômicos e políticos pouco preocupados com a moral, a educação, a saúde ou o bem-estar de seu público. Vejamos alguns exemplos:
* anúncios comerciais vendem a ideia de que alguém só é feliz se tiver tal coisa (um carro ou um cabelo bonito), incentivando o ter em detrimento do ser;
* músicas incentivam o sexo e o consumo de drogas legais e ilegais;
* crianças, mulheres bonitas e homens de sucesso vendem bebidas alcóolicas, remédios que solucionarão todos os males, alimentos de valor nutritivo duvidoso, aparelhos milagrosos que prometem o padrão de beleza exigido pela sociedade materialista e imediatista;
* programas que acompanham a vida alheia expõem seus participantes (e os espectadores, que deixam de viver a sua própria vida para viver a dos “astros”) a situações constrangedoras, propagando o orgulho, o individualismo e o desrespeito ao próximo;
* desenhos animados incentivam a violência, a disputa, o materialismo e o egoísmo.
* são comuns os filmes que divulgam a vingança e as notícias sensacionalistas de violência, tragédias, corrupção, impunidade, tráfico de drogas, sem apontar soluções ou uma visão otimista, acabando por provocar revolta e medo.
* o incentivo ao famoso “jeitinho brasileiro”, em detrimento ao que é correto, legal e justo.
A mídia não deve ser alienada ou esconder a realidade. O mal existe, mas o bem também está próximo de nós, porém não proporciona audiência. Somos espíritos imperfeitos, e ainda nos comprazemos com as mazelas morais que assolam o mundo. Apesar disso, há diferentes maneiras de se levar a mesma notícia aos lares e maneiras criativas e construtivas de vender, sem apelações.
Cada indivíduo é responsável pelo campo vibratório que cultiva, pelos valores que cativa. Afinal, se não há público, o produto não é aceito e há uma pressão por mudanças. O povo é que determina o sucesso de um programa, de uma propaganda, de um assunto.
Já pensou em novelas sobre amor e respeito (e não sobre poder, traição e sexo)? De músicas que elevem a vibração dos ouvintes? De filmes que façam pensar, mostrando mensagens edificantes? Imagine a televisão sem mentiras, onde os produtos mostrem suas reais qualidades… ou propagandas que incentivem o ser em vez do ter… Utopia? Talvez, mas prestemos mais atenção ao que estamos “consumindo” em nossos lares, não nos deixando levar pela “aldeia global”, tendo opinião concreta e sensata sobre o que está se passando no mundo, não dando “ibope” ao que não é edificante, utilizando o nosso poder de controle sobre a nossa vida: o botão de desligar!