Há vastos horizontes em relação ao vertiginoso progresso terreno, fazendo com que tenhamos em nossos domínios um amplo campo de pesquisas, com respostas e conhecimentos até pouco inimagináveis.
Nosso intelecto é alimentado diariamente, obtendo informações das mais variadas tecnologias e também culturas e costumes das diferentes civilizações. Constatamos, porém, em nosso orbe, entre as forças do bem e do mal, este ainda predomina, impelindo-nos, motivados pelo egoísmo, às mais profundas angústias e desequilíbrios.
Nesse ínterim, quase em desespero, na tentativa de encontrarmo-nos, buscamos algo que nos ampare e nos proteja e a lembrança de Deus, intrínseca em cada ser, aparece-nos como uma “tábua de salvação”. Mas o orgulho e o egoísmo, ainda muito fortes nos seres, fazem com que nos sintamos um pouco distantes de Deus, pois inicialmente buscamos soluções rápidas e imediatas para nossos conflitos.
Com o decorrer do tempo, começamos a perceber que somos tão pequenos e ao mesmo tempo tão grandes, tão capazes de enfrentar a vida, desde que nosso projeto não se resuma em alimentar nosso próprio ego.
O Espiritismo nos mostra que, paulatinamente, começamos a nos conhecer e a perceber que Deus está distante ou próximo de nós, dependendo somente de nossos atos. Iniciamos, então, um processo de mudança interna, que nos proporciona uma grande revolução interior, com questionamentos quanto aos nossos atuais e antigos valores e conceitos do que seja uma vida feliz.
Quando nos percebemos maduros e seguros de nossos ideais de moral, começamos a perceber que a cada atitude no bem, aproximamo-nos de Deus, compreendendo que o seu Reino está dentro de nós. E, mesmo não tendo a perfeita compreensão da Divindade, temos a certeza de senti-la e de fazer parte desta engrenagem necessária em um planeta que, mesmo com predominância ainda do mal, ruma firmemente para a conquista do bem.