São muitos os “simpatizantes” da Doutrina Espírita, pessoas das mais diversas camadas sociais e culturais, com as mais diferentes profissões. Apesar do grande público, ainda podemos ver no meio espírita a “cultura do silêncio”, que consiste no fato de que muitos espíritas, na sua vida particular ou de relação com outras pessoas, omitem sua condição de espíritas, talvez com vergonha ou medo do preconceito. Muitos justificam não querer agredir aos demais com tal revelação ou não querer “misturar as coisas”, deixando a religião à parte; outros permanecem apenas “simpatizantes”, pelas mesmas razões.
Essa atitude “reservada demais” pode atrasar a disseminação das verdades espirituais, porque não basta estudá-las dentro do Centro Espírita, é preciso exercitá-las no dia-a-dia; e é através do nosso exemplo de serenidade e boa conduta, aliado à admissão segura de nossa crença no mundo espiritual, que se processa a melhor divulgação do Espiritismo.
As verdades espirituais precisam ser expostas ao grande público porque a alma humana está enferma e necessita desse remédio; o esclarecimento permite a conquista do respeito, trazendo luz onde antes só havia desinformação.
Deixemos de lado a vergonha, o preconceito, a timidez, não nos omitamos mais, se esse é o nosso verdadeiro credo. Naturalmente devemos evitar as atitudes extremadas de “pregação”, de “doutrinação”, ou de proselitismo, que podem afastar as pessoas de nós e da luz dos esclarecimentos do Espiritismo.
Façamos a verdadeira caridade, demos prova do verdadeiro amor, larguemos a posição de simpatizantes, ouvintes eventuais de palestras, usuários da terapêutica do passe e passemos a participar de atividades contínuas no Centro Espírita, visando nos instruir para podermos levar o conhecimento dos postulados espíritas a quem dele mais esteja necessitado. Com surpresa veremos que os maiores beneficiados seremos nós mesmos.