Não julgueis, a fim de que não sejais julgados; porque vós sereis julgados segundo houverdes julgado os outros; e se servirá para convosco da mesma medida da qual vos servistes para com eles. (Mateus, VII, versículos 1 e 2)
Ser severo consigo mesmo ao avaliar as próprias atitudes e indulgente para com os outros; se necessário julgar algo ou alguém, usar de brandura, amor, procurando auxiliar, sem denegrir. Ao emitir opiniões, deve ter-se a finalidade de edificar, esclarecer, evitar que um erro se repita ou que algo errado seja considerado certo. Quando julgar, deve-se fazê-lo do fato em si e não dos envolvidos. Se considerar a atitude do outro equivocada, é importante estar moralmente comprometido em não repetir a mesma situação.
Mas o que é indulgência? É uma forma de caridade; é não julgar os outros mais severamente do que faria consigo mesmo; não condenar nos outros o que desculparia em si; procurar o que há de bom e não o que está equivocado. O indulgente não vê os defeitos de outrem, porque valoriza as virtudes do próximo; e se os percebe, evita falar deles ou os atenua.
Qualquer avaliação, além de envolta em benevolência, respeito e amor, deve passar por três crivos: É verdade? Se for mentira, ou não houver certeza da veracidade, não deve ser considerada; É bom? Deve estar embasada na bondade e na caridade e nunca ser fruto de maledicência; É útil? É necessária, tem a finalidade de esclarecer, evitar novos erros, ou possuir uma utilidade positiva? Caso contrário, não vale a pena ser concebida.
Diz uma antiga oração dos índios Sioux: “Rogue auxílio a Deus para nunca julgar o próximo antes de ter andado sete dias com as suas sandálias”. Assim, antes de emitir uma opinião, é importante colocar-se no lugar da pessoa, conhecendo seus sentimentos, pois não há ninguém essencialmente mau. Todo o ser humano tem a centelha divina. Deve-se procurar desenvolver bons valores, tornando-se alguém melhor do que já foi antes.
Nos espíritos encarnados, é esquecido o passado a fim de, também superar erros, perdoar, modificar hábitos, ter uma nova chance de acertar; (quantos erros graves já foram cometidos, mas por bondade divina não são lembrados…)
Vive-se errando e acertando, sendo isso parte do processo educacional de cada um. Importante perseverar dia após dia, passo a passo, no caminho rumo à perfeição, lembrando sempre que “vale mais retirar a trave do nosso olho do que o argueiro do vizinho”.