“Após 18 anos na prisão, é provada a inocência de um homem!”
“Dez anos depois de cumprida a sentença de morte nos EUA, é encontrado o verdadeiro assassino!”
“Casal proprietário de escola infantil, acusados de assédio sexual a menores, depois de execrados pela opinião pública e quase linchados, provam sua inocência.”
“Jovem fica preso injustamente vários meses por ter sido confundido, por semelhança física, ao criminoso.”
Essas manchetes, encontradas diariamente nos jornais, trazem várias reflexões:
– a justiça humana é, muitas vezes, injusta. Ela é dependente dos homens e, esses sendo imperfeitos, cometem falhas, muitas vezes, não por má fé;
– as pessoas adoram julgar e condenar, desde pequenos atos falhos até grandes crimes, sem uma análise mais profunda da questão;
– sem tocar no mérito da questão espiritual, apenas sob o aspecto das falhas judiciais, em hipótese nenhuma, deve-se aceitar a pena de morte.
– apesar das imperfeições, o Direito e a Justiça devem ser buscados pela sociedade em todas as situações, pois são provas do progresso da humanidade e da civilização do indivíduo.
E perante Deus? Como admitir tantas injustiças dos homens, sabedores que Deus é infinitamente justo e bom? Atribuir-se apenas às falhas humanas? Mas, Deus permite que alguém sofra injustamente?
Há várias situações que podem ocorrer que, sem o entendimento da reencarnação, não se encontrariam justificativas plausíveis. São dores, sofrimentos, aparentes injustiças, reveses, enfim, inúmeros casos que somente a lei de causa e efeito associada a das multiplicidades das existências possibilita entender a justiça de Deus.
Todo efeito tem uma causa, essa é uma lei da física que se aplica também aos aspectos morais das criaturas. Nada do que é feito, seja moralmente bom ou não, fica no esquecimento. Todo o bem praticado voltará como felicidade e paz de consciência; todo o mal cometido deverá, num futuro próximo ou distante, como prova ou expiação, ser resgatado pelo praticante.
Muitos crimes, agressões, assassinatos, roubos são cometidos pelos homens, sem que a sociedade perceba ou julgue o delinqüente. Alguns desses atos reprováveis são levados pelo indivíduo para o silêncio do túmulo, sem que haja o cumprimento da pena. Às vezes, o criminoso é considerado de elevada moral perante a comunidade, utilizado como exemplo de cidadão, o que, intimamente, ele sabe não ser verdade. Para haver justiça onde não foi cumprida a justiça dos homens, Deus permite que, em uma nova existência na carne, aquele infrator do passado resgate seu erro, expiando em uma aparente injusta condenação, quitando seus débitos perante os homens e perante o Criador. Assim, um criminoso que ficou escondido, às vezes durante séculos, está cumprindo a sentença nos dias atuais.
É importante ressaltar que essa é uma regra geral, mas não determinante. Em alguns casos essas injustiças acontencem como prova para a criatura testar a sua tenacidade e confiança em Deus, sem necessariamente ter havido crime no passado. Outros reencarnam como missionários, ratificando a necessidade de buscar cada vez mais o aperfeiçoamento das leis humanas, aproximando-as das leis divinas ou naturais. Deve-se lembrar que os responsáveis pelos processos injustos, também arcam com as conseqüências de seus atos.
Quando se enfrentar momentos de injustiças, deve-se ter a certeza de que isso passa por um planejamento maior da vida, onde nada acontece por acaso e tudo serve para o aprendizado do Espírito, pois não há espaço para punições ou injustiças no plano divino das existências.
Luis Roberto Scholl