O Espiritismo tem entre seus pressupostos básicos Deus como a causa primária e base de tudo, a imortalidade da alma e a reencarnação, esta a maior prova do amor do Pai para conosco.
Em O Livro dos Espíritos, na questão 132 que pergunta sobre qual o objetivo da reencarnação, encontramos como resposta que “Deus nos impõe a encarnação com o objetivo de fazer-nos chegar à perfeição”.
Os Espíritos nos esclarecem ainda, na questão 383, que a “utilidade de passar pelo estado da infância está no fato de que, o Espírito encarnando para se aperfeiçoar é mais acessível, durante esse período, às impressões que recebe e que podem ajudar seu adiantamento para o qual devem contribuir aqueles que estão encarregados da sua educação“.
Essa contribuição se dá pela educação que as crianças recebem no seu ambiente familiar. Na escola, elas recebem instrução nas mais diversas áreas (Matemática, Ciências, Geografia…), mas educação é algo que se adquire em casa com os pais ou responsáveis.
Todos os ensinamentos que forem repassados, sem os extremos do autoritarismo ou da liberdade total, criarão raízes na criança se forem exemplificados, vividos por aquele que ensina. É a educação pelo exemplo. A autoridade de pai e mãe só será entendida e aceita pela criança se for vivenciada pelos mesmos.
Como querer que a criança entenda que não deve mentir se ela vê a mãe mandar dizer ao telefone que não está em casa?
Como convencer o filho adolescente de que ele não deve fumar porque faz mal à saúde, se o pai ou a mãe fumam e ainda pedem que ele vá ao bar ou supermercado comprar o cigarro? O mesmo se aplica em relação às bebidas alcoólicas, e a outras atitudes perniciosas.
O filho deve perceber a relação entre as palavras e o exemplo que os pais estão lhe mostrando. São os pequenos ou grandes fatos do nosso dia-a-dia que dão ou retiram a autoridade dos pais em relação aos filhos.
No cap. XIV, item 9, do Evangelho Segundo o Espiritismo o Espírito daquele que um dia foi Santo Agostinho nos alerta: “Pensai que a cada pai e a cada mãe Deus perguntará: Que fizestes do filho confiado à vossa guarda?”
Para que possamos não nos envergonhar da resposta que temos para dar a Deus, é necessário que analisemos seriamente a nossa conduta atual, modificando os pontos em que ainda não somos exemplos para nossos filhos.