Terapias Espíritas II

A Doutrina Espírita existe há 147 anos, quando Allan Kardec publicou a primeira edição de O Livro dos Espíritos. Apesar de ser conhecida, ela é pouco estudada e compreendida.

Quando se fala em terapias espíritas, as dúvidas crescem. Muitos crêem, erroneamente, que a missão dos espíritos é curar o corpo. Outros, ainda, acreditam que os espíritos estão a disposição para resolver os problemas do cotidiano, dizendo o que devemos fazer ou prevendo o futuro.

A Doutrina orienta o autoconhecimento, o estudo das leis divinas, a reforma íntima e a prática da caridade, que é o amor em ação.

            As terapias espíritas são o passe, a água magnetizada, o esclarecimento nas exposições públicas e nos grupos de estudo, a desobsessão (sem a presença do paciente), o atendimento fraterno e a oração. Quando se busca consolo para os problemas da vida, o Espiritismo atende a esse quesito, pois a informação e o esclarecimento também fazem parte da essência da Doutrina (veja ‘Saiba Mais’ nesta página).

            O restabelecimento da saúde deve ser buscado na medicina, bem como pela elevação do padrão vibratório dos pensamentos e na mudança de atitudes frente à vida. Na renovação interior, o indivíduo se predispõe a ser auxiliado pela espiritualidade superior. No passe, na ação no bem, na prática da caridade, as energias perniciosas que prejudicam o organismo poderão ser neutralizadas, havendo então o retorno ao equilíbrio e, consequentemente, a cura física.

A recuperação do corpo só ocorre quando existe o reequilíbrio do espírito. É nas imperfeições desse que se encontram as causas das doenças. Assim, a fé, abalizada por obras no bem, a confiança na justiça divina e na espiritualidade superior são os recursos que todos podemos conquistar, com esforço, na busca da felicidade.

Não creiamos em “milagres”, pois isso seria a derrocada das leis naturais. Esforcemo-nos, busquemos auxílio, pratiquemos o amor e, por misericórdia divina, certamente seremos beneficiados.

Luis Roberto Scholl