Sê fiel!

A essência da fidelidade consiste na coerência e no uso da razão.

            Ser fiel é, antes de tudo, manter opiniões e atitudes consideradas corretas frente às adversidades. 

            Quando passamos a compreender que o Criador é a extrema bondade e justiça, que o Universo e Suas leis são perfeitas e fundamentalmente boas, vemos que a vida não é uma seqüência de fatos ilógicos ou aleatórios e buscamos na coerência, a fidelidade com Deus.

            Quando procuramos nos colocar “a favor da corrente” não transgredindo a ordem divina e natural, nem adaptando os acontecimentos ou atitudes aos próprios desejos imaturos, deixamos de nos sentir perseguidos, magoados ou desamparados por Deus.

            Ser fiel com Deus não supõe crer cegamente, mas sim com razão e bom senso. Entender os porquês da vida, através da Lei de Causa e Efeito, o objetivo da existência e a evolução do Espírito nas sucessivas reencarnações, as dificuldades e sofrimentos como oportunidades e aprendizados inestimáveis para o crescimento espiritual, a prática do princípio de não controlar as coisas não controláveis – tudo isso são fatores que demonstram a fidelidade às Leis Divinas e o aceitar dinâmico com boa vontade e inteligência. 

            A fidelidade é o antídoto à melancolia, ao desânimo, à revolta. Dá-nos a convicção de que estamos preparados para qualquer enfrentamento que a vida apresenta. 

            Ao crer na Sabedoria que governa a ordem das coisas, que Deus não é um feixe de contradições, mas sim uma unidade e que seus métodos (Leis) usados em um setor ou com um indivíduo, servem para todos universalmente, deixamos de ver os fatos de maneira fragmentada, sob um único prisma e não mais atribuímos a seqüência dos acontecimentos a fatores externos, ao destino ou ao azar.

            Sabedoria com fidelidade é encontrar objetivos de vida que nos elevem espiritualmente, mantendo-nos honestamente fiéis às verdadeiras aspirações, não importando os acontecimentos ao redor.

            Crer em Deus é senti-lo e, apesar das limitações evolutivas, compreendê-lo. Devemos deixar em Suas mãos o que não é de nossa competência e canalizar todos os nossos esforços para as boas ações, bons pensamentos e boas palavras, não desperdiçando tempo nem saúde com críticas, confrontos, vinganças ou atitudes menos nobres.