Reflexões em torno da sexualidade

Na sociedade hodierna há uma busca desenfreada por novidades tecnológicas. Quando alcançadas as apressadas metas, logo transfere-se os alvos em uma ânsia enlouquecedora de viver-se apenas o momento, o agora, do prazer fugaz.

O homem tecnicista ao buscar felicidade (estado da Alma, estável e duradouro) deparou-se com o prazer (gozo físico, fugidio e temporário). Essa conjuntura levou à construção de uma nova moral, derrocando os conceitos da velha ética.

Ao tentar destruir a hipocrisia do passado, a sociedade derrubou tabus, preconceitos, sem o necessário discernimento ou preparo que substituísse a falsa moral por bases que auxiliassem o homem às conquistas das alegrias da plenitude. Houve simplesmente a destruição pela destruição. Dentre os valores, a sexualidade foi dos que maior investimento de forças negativas recebeu.

Da intolerância do falso puritanismo, passou para a libertinagem inconseqüente e a corrupção perturbadora. De “imundo” passou à nova condição de máquina de proporcionar prazer ao homem. Das condenáveis críticas e proibições passou a exposições em praça pública. Tudo isso como resultado da ignorância do ser a respeito das sublimes funções e finalidades da sexualidade.

O sexo exerce profunda influência na vida física, emocional e espiritual das criaturas, sendo santuário de procriação e fonte de nobres despertares para o instinto de renovação pela permuta de estímulos hormonais.

O sexo, sem a dignidade do amor, embrutece, perturba, corrói os sentimentos, provoca aberrações, violências porque leva o indivíduo à busca desenfreada do prazer sem medir atitudes e conseqüências.

Todos os distúrbios da sexualidade que se manifestam na psique têm sua origem no íntimo do Espírito. O problema do sexo, portanto, é do espírito e somente do espírito virá, para ele, a solução.

Proporcionado por Deus para sublimes missões o sexo não pode ser usado levianamente. Todo abuso impõe carência, todo excesso leva à desordem e tormentos.

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            Se te encontras em desequilíbrio e estás consciente disto, procura mudar de atitude, mesmo que a mentalidade da época te aplauda o comportamento.

Preserva tuas forças morais e mantém teu equilíbrio

Lembra do recurso da oração e da meditação quando aflora teus instintos mais ardentes.

Não derrapes na alucinação nem te torne cúmplice das situações onde a sexualidade é fator de inquietação.

Se estiveres em regime de equilíbrio, auxilia, sem condenar, orienta, sem presunção, aqueles que se encontram em perturbação.

Como a vida não termina no túmulo, não te atormentes se o problema não for resolvido de um só golpe. Tendes paciência, esforço e perseverança para vencer as más inclinações.

Assim, cultua o lar, atende a família, faze-te co-criador na obra do Pai, coopera com os que transviam os caminhos de Deus e edifica na mente que “o sexo é para a vida e não a vida para o sexo”.

Adapatado pela Equipe do Seara Espírita, com base no capítulo 6 do livro Após a Tempestade, de Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, Ed.Leal.