Por que orar?

 1 – Sendo Deus sabedor de tudo o que acontece, soberanamente justo e bom, por que orar?
Deus realmente sabe o que cada espírito precisa no momento em que se encontra. Ter o hábito da prece é importante, a fim de se autoconhecer, fazendo uma reflexão sobre o que realmente é importante para sua evolução espiritual. Na oração sincera estão presentes os reais interesses e preocupações, além, dos valores mais importantes de cada um, pois ao pedir e agradecer a Deus cai a “máscara social” que, às vezes, engana até o seu portador.

            2 – Deus sempre ouve e atende as preces?
As preces são ouvidas por seres espirituais mais evoluídos, os benfeitores, tornando possível a intervenção a favor daquele que ora. Sempre há auxílio divino, porém, cada um é atendido na medida do seu merecimento. Muitas vezes, porém, o pedido é algo que não auxiliará na caminhada evolutiva ou que irá privar o espírito de provas ou expiações importantes, que terão que ser retomadas adiante, em momentos, talvez, mais difíceis.

            3 – Muitas vezes, a resposta divina à oração não é compreendida.
Através da oração, o espírito não deixa de vivenciar as dificuldades, mas torna-se receptivo ao auxílio do seu espírito protetor, que proporciona coragem e amparo espiritual. Esse auxílio pode vir em forma de um ombro amigo, uma leitura edificante, uma conversa, uma inspiração. O que acontece, muitas vezes, é que o indivíduo, fechado em seu orgulho e egoísmo, não percebe a ajuda, achando que ela não aconteceu.

            4 – A prece auxilia na realização da reforma íntima.
Ao pensar sobre a própria vida, é importante não se comparar com os outros; essencial é analisar e compreender sua própria marcha evolutiva, visando ao progresso em sabedoria e amor. Quem ora deve atentar para atitudes como deixar de lado o imediatismo e o egoísmo, analisando sobre a conveniência do que é pedido, pois a oração não substitui o esforço próprio; compreender o caráter expiatório de alguns males do corpo, aliando a medicina terrena à prece e ao passe; assimilar que não é possível “negociar” favores espirituais, tentando subornar a espiritualidade com promessas; e vivenciar valores éticos, com uma conduta embasada nos ensinamentos de Jesus, que aproxima o espírito da misericórdia divina.