Persistir na idéia

A dificuldade maior da humanidade não está na falta de esclarecimento no que diz respeito às leis universais, mas na ausência de persistência na mudança dos hábitos negativos. Não basta o conhecimento da Lei de Causa e Efeito ou da Reencarnação, pois podemos nos interessar muito pelo assunto e até mesmo estudá-lo mais profundamente, através da vasta literatura espírita, mas se não nos propusermos a nos conhecer melhor, detectando o que precisa ser modificado, através de uma análise honesta, continuaremos comprometendo o nosso amanhã com atitudes equivocadas do hoje.

As idéias e projetos no bem, nem sempre continuam com a mesma intensidade com o passar dos dias, porque temos uma tendência de nos acomodarmos e deixarmos para depois. Fica para amanhã o diálogo fraterno com um amigo, o fortalecimento dos laços familiares, a caridade, a nossa reforma íntima, afinal, temos coisas mais “importantes e urgentes” a fazer hoje, esquecendo que talvez o amanhã não nos chegue da forma esperada. Precisamos renovar diariamente os propósitos nobres, não permitindo que o desânimo nos domine, fazendo com que desperdicemos potenciais adormecidos e que precisam de aprimoramento, através do esforço e perseverança.

Se todas as idéias de caridade fossem colocadas em prática, o nosso planeta certamente estaria em melhor situação. Nos comovemos com o sofrimento do próximo, mas logo em seguida achamos desculpas para não auxiliar, ou não nos sentimos responsáveis diante desta situação. Os grandes avanços científicos da humanidade só aconteceram porque alguém persistiu na idéia, e juntamente com a inspiração da espiritualidade, não desanimou diante das primeiras tentativas, que não são consideradas fracassos e sim experiências.

Persistamos nas idéias positivas, superando os hábitos negativos. Todos temos condições de contribuir para a reforma moral da humanidade, doando a todos o que temos de melhor. Façamos a nossa parte. Resgatemos os laços fraternos da grande família universal, pois segundo Paulo de Tarso, “do solo brota muito alimento, mas apenas para o corpo; para a nutrição do espírito é necessário abrir as possibilidades de nossa alma para o Alto e contar com o amparo Divino”.