Paciência: ciência da paz

O homem comum não consegue alterar a época e a ordem da maioria dos acontecimentos; mas é viável controlar parte da influência do tempo, com calma e tranqüilidade, organizando prioridades, fazendo aquilo que é possível, na medida do campo de ação de cada um. Não é permitido fazer, porém, o que cabe aos outros, nem mudar os hábitos de alguém, além dos próprios.

            Na vida tudo é transitório, incluindo os problemas, medos, alegrias e conquistas materiais; o que hoje parece ter grande importância, como alguns minutos de atraso, talvez amanhã não valha as duras palavras motivadas pelo descontrole emocional.

            A impaciência desarmoniza ambientes, tumultua relacionamentos, ocasiona insatisfação e insegurança. A paciência é um hábito que se desenvolve com muita prática: na fila do banco, quando há uma ofensa, no trânsito, no trabalho, ante as imperfeições de cada espírito, em família.

            Paciência não significa submissão ou alienação; ser paciente é não deixar que a ansiedade ou os fatos determinem reações, na maioria das vezes, impensadas e com conseqüências nem sempre positivas.

            Não podemos perder algo que ainda não possuímos. Quando dizemos: “perdi a paciência” é certo que nós ainda não encontramos a ciência da paz. Quem tem essa virtude, que nos torna serenos e tranquilos, não a perde em nenhuma situação.

            Ninguém adquire paciência de um momento para outro; é necessário o exercício diário dessa qualidade, até que ela faça parte do indivíduo. Assim, a paciência é uma virtude calcada na fé, na harmonia, na sabedoria, que é aprimorada ao longo das encarnações. Durante a evolução espiritual, todos adquiriremos valores como a benevolência, o perdão, a caridade, a paciência, em nosso caminho rumo à perfeição.