Os tempos são chegados…

Diante dos acontecimentos atuais, muitas vezes nos perguntamos quais são efetivamente os indicativos que nos provam os efeitos da Lei do Progresso – a Evolução!

Torna-se necessário refletir sobre os ensinamentos que a História nos apresenta. Todas as grandes civilizações de nosso planeta foram cíclicas. Tiveram seu apogeu, no qual grandes possibilidades de realização social e moral estiveram presentes. No entanto, face ao mau uso, a desagregação dos valores e princípios, degeneraram e desapareceram, restando apenas ruínas a nos lembrarem de seus feitos.

Assim, também os modelos sociais e econômicos têm os seus ciclos. Tivemos o modelo agrícola, seguido pelo modelo industrial. Atualmente, fala-se da era da informação, calcada nas tecnologias avançadas da informática e das telecomunicações, causas primordiais do modelo globalizado.

Não há mais distâncias a separar as relações entre os homens. Tudo é disponibilizado, tudo é atingível, no que tange a informação. No entanto, as culturas permanecem extremamente heterogêneas, sofrendo impactos violentos em relação a esta globalização.

Os desejos não atendidos diante das ofertas de todas as naturezas impactam sobremaneira sobre as criaturas, gerando as mais diversas reações, desde frustrações profundas que tendem aos processos mórbidos de depressão, quanto as revoltas diante das desigualdades sociais, da opressão econômica, gerando o ódio odiento.

Ambas as situações favorecem a manipulação do homem, gerando o fanatismo, que explorado habilmente por interesses escusos, despertando nas criaturas suas tendências negativas, como os ódios étnicos e religiosos.

O resultado se reflete nas ações que recentemente presenciamos. Infelizmente, a racionalidade cede lugar à emoção e, ao invés de romperem-se os ciclos de ódios recíprocos, tendemos a programar mais e mais sofrimentos para nós mesmos.

Como, então, compreender a Justiça Divina? E a Lei de Progresso?

A História nos mostra que, ao término de cada ciclo, aquilo que estava encoberto para os olhos da maioria, isto é, o nosso verdadeiro “eu”, desnuda-se, revela-se para que o processo da mudança se instale. Percebemo-nos, atualmente, como verdadeiramente somos. E esta descoberta assusta-nos. Sentimo-nos obrigados a mudar.

Mas essa mudança não é de discurso, pois este não engana mais ninguém. A mudança deve ser de atitudes. Este é o grande paradigma de nossa era. Por isso, os tempos são chegados.

Os valores? A ética? A moral? Os princípios? As atitudes?

As grandes revelações são legados para a Humanidade, a qual pode haurir conhecimento e compreensão. A última revelação? A Doutrina Espírita!

Que estamos fazendo com a Doutrina que nos foi colocada nas mãos?

Nilton S. Andrade – Presidente da FERGS