O espírita e a política

A política faz parte do atual contexto terreno, na implementação das leis, na organização e administração do Estado.

            A sociedade como um todo está carente de leis mais justas ou do cumprimento das mesmas. A política é a responsável pela atual estruturação dos sistemas governamentais e sofre um desgaste, desde os mais remotos tempos, principalmente pela atitude do ser humano. Não podemos ver a política através destas atitudes mas sim pela importância que ela exerce no processo evolutivo dos seres humanos.

            Para o Espírita, a política é um desafio, pois antes de mais nada, devemos seguir uma predisposição, ou seja, espírita advogado, espírita médico, espírita professor , espírita político e não “político espírita”, colocando sempre as prerrogativas morais da Doutrina Espírita à serviço da profissão e da sociedade.

            A política é um passo grave a ser tomado porque devemos estar conscientes da responsabilidade, levando os ensinamentos de Jesus às esferas de discussões, debates e votações.

            A primeira atitude é a busca do nosso auto-conhecimento, consultando nossa consciência, tendo a certeza de que seremos leais às Leis Divinas. Com isso, não pretendemos dizer que o espírita deve ser perfeito, mas ter como parâmetro as orientações da Doutrina, de bom-senso e honestidade para qualquer atitude ou decisão.

            É esse equilíbrio que buscamos constantemente em nossa família, na convivência com colegas, amigos, enfim, na sociedade, e tanto mais na política onde muitas vezes os interesses não são os da coletividade.

            Busquemos nosso burilamento interior, começando pelas pequenas coisas, melhorando nossas atitudes, tentando escolher o candidato que, em nossa percepção, tenha seus interesses voltados para a justiça social.

            Colaboremos na melhor escolha dos políticos e, se tivermos o equilíbrio necessário para a missão, sejamos atuantes, pois não é na omissão que contribuiremos para a paz e o entendimento no mundo. Assumindo os compromissos que cabem a cada um, sempre considerando as imperfeições e limitações, estaremos realmente favorecendo o desenvolvimento não só material mas também moral da sociedade.

            Trabalhemos com coragem e amor, não estimulando as discussões ferrenhas, mas reflexões que levem a mensagem de transformação, mudança de valores e concepções, onde haja o verdadeiro crescimento do ser humano rumo ao planeta de regeneração quando então, predominará o bem.

            O mundo se transformará na medida da transformação do indivíduo.