Livro Espírita – Algumas Reflexões

 1 – Nem tudo que é mediúnico é, necessariamente, Espírita ou deve ser publicado. (Para que seja considerada espírita, toda obra, mediúnica ou não, deve ter coerência com as Obras Básicas, codificadas por Allan Kardec: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese)

2 – Todo livro espírita deve ser atentamente revisado, pois é elaborado por seres ainda imperfeitos (encarnados ou desencarnados). São importantes os cuidados com o conteúdo, a forma, a apresentação, a gramática, evitando sempre as meias-verdades, as idéias confusas ou não claras e as citações incompletas ou inexplicadas.

3 – O leitor iniciante, que ainda não tem uma base doutrinária e condições de “separar o joio do trigo” deve se ater, no início, às Obras Básicas e aos médiuns consagrados como Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco, Raul Teixeira, Yvonne Pereira, entre outros. (Leon Denis, Hermínio Miranda, Gabriel Dellane, Herculano Pires…)

4 – Mesmo que os romances mediúnicos sejam, muitas vezes, a porta de entrada para a Doutrina Espírita, eles não devem ter apenas o intuito comercial, mas sim ser obras coerentes com a Doutrina, ajudando a divulgar, compreender e vivenciar o Espiritismo. Uma boa história pode (e deve) ter uma mensagem edificante e doutrinariamente correta.

5 – Um livro de muito conteúdo não precisa ser difícil de ler. O Livro dos Espíritos é um exemplo que, através de perguntas e respostas, torna o conhecimento acessível a todos.

6 – Os livros infantis bem elaborados, com um visual apropriado à faixa etária que se quer atingir, linguagem adequada, conteúdo de fácil assimilação, interativos e agradáveis exercem um grande serviço à divulgação da Doutrina Espírita.

7 – Toda literatura espírita deve estar baseada na ética e no respeito aos leitores e aos autores. É preferível que haja menos livros à disposição dos leitores, mas que os que estejam nas prateleiras tenham passado pelo crivo doutrinário a fim de que edifiquem, ao invés de confundir ou desinstruir, provocando um deserviço ao leitor e à Doutrina.

8 – Utilizando o bom senso, tendo por base as Obras Básicas, deve-se recusar as obras duvidosas, pois elas retardam e dificultam a compreensão do Espiritismo. É importante ter compromisso com a qualidade, com a verdade e com a divulgação da Doutrina Espírita, para o que ela possa chegar de maneira clara e proveitosa aos corações que a procuram.