Hora da divulgação

Quem possui um tesouro e é sábio investe-o, gerando bênçãos.

Quem conduz claridade esparze luz onde se encontra.

Quem frui felicidade distribui alegria, promovendo esperança.

Quem ama irradia júbilo.

Quem tem conhecimento elucida problemas e auxilia nas dificuldades.

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O Espiritismo é um tesouro de alto valor, que tem a missão de produzir lucros de amor e juros de paz.

Ocultá-lo, sem o promover entre as criaturas, é o mesmo que enterrar uma fortuna, que assim perde a finalidade para a qual existe.

Retê-lo, constitui crime de avareza, considerando-se a fome de luz de que padecem as criaturas.

Adiar a sua divulgação, onde se encontre o espírita, representa perda de oportunidade valiosa, que não se repetirá.

Condicioná-lo às circunstâncias e interesses, seria desfigurá-lo na legitimidade dos seus conceitos e objetivos edificantes.

Pessoas existem que sofrem hipertrofia dos sentimentos e não se dão conta.

Criaturas movimentam-se, no mundo, fátuas e risonhas, ignorando, porém, por quê e para que vivem.

Homens agem sob os automatismos de que se tornaram vítimas.

Indivíduos desajustam-se por desconhecerem os valores do espírito.

Coletividades desarticulam-se, porque vencidas pelo egoísmo e pelas paixões dissolventes.

O Espiritismo é o antídoto eficiente e rápido para os males que grassam, na Terra, derruindo o materialismo e promovendo a vida.

Difundi-lo, a rigor, é tarefa de quantos se identificam com as suas lições e nele encontraram satisfação de viver.

Não é lícito impô-lo, nem justo deixar de apresentá-lo.

A convicção de que ele se faz objeto, favorecendo a pessoa com bênçãos, deve emular o seu beneficiário a levá-lo a quantos o ignoram.

E porque este é o momento da renovação espiritual da Humanidade, que se encontra exaurida por dores superlativas, também é a hora da divulgação, consciente e nobre, da Doutrina, que “mata a morte” e alonga a vida, elucidando os enigmas complexos da existência carnal com acenos seguros de felicidade à vista.

Marcelo Ribeiro
Psicografia de Divaldo Pereira Franco