Espíritos e suas manifestações (Os)

Allan Kardec, no capítulo IV de O Livro dos Médiuns, resume, em 10 itens, como ocorrem as manifestações dos espíritos:

            1º – Os fenômenos espíritas são produzidos por inteligências extracorpóreas, as quais também se dá o nome de Espíritos;

            2º – Os Espíritos constituem o mundo invisível; estão em toda parte; povoam infinitamente os espaços; temos muitos, de contínuo, em torno de nós, com os quais nos achamos em contacto;

            3º – Os Espíritos reagem incessantemente sobre o mundo físico e sobre o mundo moral e são uma das potências da Natureza;

            4º – Os Espíritos não são seres à parte, dentro da criação, mas as almas dos que viveram na Terra, ou em outros mundos, e que despiram o invólucro corpóreo; donde se segue que as almas dos homens são Espíritos encarnados e que nós, morrendo, nos tornamos Espíritos;

            5º – Há Espíritos de todos os graus de bondade e de malícia, de saber e de ignorância;

            6º – Todos estão submetidos à lei do progresso e podem chegar à perfeição; mas, como têm livre-arbítrio, lá chegam em tempo mais ou menos longo, conforme seus esforços e vontade;

            7º – São felizes ou infelizes, de acordo com o bem ou o mal que praticaram durante a vida e com o grau de adiantamento que alcançaram. A felicidade perfeita e sem mescla é partilhada unicamente pelos Espíritos que atingiram o grau supremo da perfeição;

            8º – Todos os Espíritos, em dadas circunstâncias, podem manifestar-se aos homens; indefinido é o número dos que podem comunicar-se;

            9º – Os Espíritos se comunicam por médiuns, que lhes servem de instrumentos e intérpretes;

            10º – Reconhece-se a superioridade ou a inferioridade dos Espíritos pela linguagem que usam; os bons só aconselham o bem e só dizem coisas proveitosas; tudo neles lhes atesta a elevação; os maus enganam e todas as suas palavras trazem o cunho da imperfeição e da ignorância.