Esperança (A)

“Se a Esperança fosse uma árvore, a Fé seria o tronco e a Caridade a nutrição.”    François C. Liran 

            A Esperança é o conduto através do qual o cristão conta receber a misericórdia de Deus na Terra e a felicidade após a “morte”.

Sem a Esperança, a vida torna-se um empobrecido e desbotado filme em preto-e-branco, fenecendo as superiores motivações ensejadoras da força que ajuda a vencer os desafios e vicissitudes a que estamos sujeitos em nossa árdua caminhada.

O pessimista que agasalha em seu coração amarguras e decepções, e assim – voluntariamente – polui as delicadas fontes psíquicas, desarma-se dos valores estimulantes da Esperança.

Jesus nos alertou sobre as aflições que teríamos no mundo, conclamando-nos à perseverança ao mesmo tempo em que pedia nossa irrestrita confiança n`Ele e no Pai Celestial, a fim de “vencermos o mundo”: mundo interno e externo de dificuldades e limitações.

Nos momentos de aflições, quando os estados depressivos nos ameaçam com as nuvens escuras do desespero, estamos convidados pelo Divino Amigo a recordar com frequência os lapsos de nossa vida enriquecidos de alegria e anelar por repeti-los, sobrepondo-nos aos espinhos afligentes, valendo-nos dos vigorosos mecanismos da Esperança para emancipar-nos dos transes adversos.

“Ninguém consegue viver com alegria sem o concurso da Esperança.” Ela deve ser a luz que ilumina as veredas quando as sombras distendem seu manto.

Devemos aprender a ver sempre o lado positivo e melhor dos acontecimentos, não desanimando ante os insucessos e frustrações.

A cada tentativa de superar o mal, logramos avançar nas abençoadas técnicas do otimismo, encarando melhor a vida e harmonizando-nos com ela, mantendo sempre bem viva e lucilando alto a chama da Esperança, nutridos pela imorredoura confiança no Pai Celestial que nunca nos deixa órfãos de Sua misericórdia e previdência.

Uma vez plantada no solo ainda que agreste das Almas, a Esperança fará reverdecer a paisagem interior, plenificando-a de “vida abundante”, substituindo o descolorido mundo interior por um jardim de cores exuberantes, pleno de flores de alegria de viver e, no terreno, antes calcinado pela descrença e desespero, brotarão os sazonados frutos da Fé e da Caridade em abençoada messe de luz.