E Se Eu Morrer Amanhã?

Você já se fez essa pergunta? Um número expressivo de pessoas talvez pense, ao ler o título deste artigo: “Eu, hein? Que pergunta!” Como se a atual encarnação fosse durar para sempre…

A morte do corpo físico é a única certeza futura que temos. E a partir da consciência de que somos espíritos encarnados em um corpo físico e que vamos desencarnar (e não sabemos quando) é que se faz mais premente pensarmos acerca do que estamos fazendo da nossa vida, da oportunidade desta encarnação.

A pergunta deveria ser então: <b.“o que=”” eu=”” estou=”” fazendo=”” da=”” minha=”” vida?”<=”” b=””>A resposta de muitas pessoas é no sentido de gozar a vida com o máximo de prazer, lazer e ociosidade possíveis, conceito sobre “aproveitar a vida” bastante aceito pela cultura materialista e imediatista. Lazer e descanso são importantes, mas em primeiro lugar em nossa vida não devem estar os gozos terrenos, os prazeres momentâneos, passageiros.

Vivemos em um mundo material, precisamos de um lugar para morar, alimentação, trabalho, lazer, mas não devemos juntar tesouros que os ladrões roubam ou as traças destroem, esquecendo-nos dos valores eternos. Por isso, nossa alavanca mental não deve ser o carro, a casa, o vestido ou a festa que estão por acontecer.

A Doutrina Espírita esclarece que encarnamos para resgatar erros, amar, aprender e evoluir moral, intelectual e espiritualmente. Assim, nossas prioridades devem ser o trabalho honesto que dignifica, a ética em todos os momentos, a valorização dos amigos e da família, as virtudes ainda a conquistar, as oportunidades de servir, auxiliando ao próximo (e a nós mesmos), o autoconhecimento e a superação das nossas mazelas morais.

Assim, é essencial vivermos de modo que, se morrermos amanhã, nosso pensamento seja em torno do que fizemos em prol da nossa melhora íntima e para a construção de um mundo melhor. E que a resposta de cada um possa ser algo assim: “Fiz o meu melhor.”

“Felicidade é a certeza de que nossa vida não está se passando inutilmente”.
Érico Veríssimo

Claudia Schmidt