Doença e Religiosidade

O corpo físico é uma máquina extraordinária porém frágil e delicada. Allan Kardec já nos ensinava: “As doenças fazem parte das provas e vicissitudes da vida terrena, são inerentes à grosseria da nossa natureza material e à inferioridade do mundo que habitamos. As paixões e os excessos de toda ordem semeiam em nós gérmens malsãos, às vezes hereditários”.

As doenças aparecem quando nos desequilibramos física e espiritualmente, de modo intenso e demorado, por decorrência de atos praticados por nós mesmos ou sob a influência de outros seres encarnados ou desencarnados, ou ainda sob condições ambientais prejudiciais à saúde.

As doenças nunca acontecem por acaso, são sinais de que algo não vai bem com nosso corpo e com nosso Espírito, e decorrem do grau evolutivo do ser. O ser encarnado adoece ou por necessidade expiatória ou provacional, mas principalmente por descuido com seu próprio corpo, sem falar das condições ambientais que geram as mais variadas doenças.

Em uma pesquisa publicada pela revista “Psychosomatics”, os médicos disseram que uma prece, e outros tipos de manifestações religiosas, podem auxiliar o doente e sua família a se sentir mais confortável e até melhorar sua condição física.

Foi usada para provar a eficiência psicológica da prece, uma pesquisa realizada com 156 doentes com câncer de pulmão, com idades entre 26 anos e 85 anos, 78% formado por mulheres. Os pesquisadores definiram a religião como um importante suporte para evitar a ansiedade e o estresse durante o tratamento da doença. O estudo descobriu também que os parceiros dos doentes que fazem “uso moderado de uma religião”, se mostram menos depressivos do que os que não possuem nenhum hábito religioso.

Joanna de Ângelis, através da mediunidade de Divaldo Pereira Franco no livro “Triunfo Pessoal” (Ed. LEAL), enfatiza muito bem a importância da religiosidade na saúde das pessoas: “Através da religião, o homem aprofunda reflexões e mergulha no seu inconsciente, fazendo que ressumem angústias e incertezas, animosidades e tormentos que podem ser enfrentados à luz da proposta da fé, e que são lentamente diluídos, portanto, eliminados, a serviço do bem estar pessoal, que se instala lentamente, tornando-o cada vez mais livre e, portanto, mais feliz”.

E esclarece mais: “Graças à opção religiosa, sem abandono dos admiráveis suportes psicológicos e psicoterapêuticos, o binômio saúde-doença modifica-se para uma estrutura unitária, que é a saúde, na qual ocorrências transitórias de mal estar, de enfermidade de qualquer natureza, não afeta o estado normal de equilíbrio e de harmonia psicológica”.

A religião, e aqui a entendemos não em seus aspectos dogmáticos ou ritualistas, mas sim no seu comprometimento de melhora moral e ligação com Deus, propicia a reflexão entre o bem e o mal, tornando o ser propenso ao crescimento espiritual que propicia alegria em viver.

Através da fé, o ser humano deve trabalhar a confiança adormecida em si mesmo, tornando-se capaz de superar os obstáculos e vencer a doença. Deve também autoconhecer-se, a fim de acelerar seu crescimento espiritual e moral.

A religiosidade, quando incentiva no indivíduo valores edificantes, propicia bem estar, ativando a coragem natural para o auto enfrentamento, tornando-se terapêutica e geradora de saúde.